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Instituto Britânico de PTL promove cursos de formação de professores
- 24 Outubro, 2013
- Posted by: design
- Categoria: Institucional
APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA DO PROGRAMA COMENIUS EM COLABORAÇÃO COM A AGÊNCIA PROALV
Nas duas primeiras semanas do mês de agosto, tivemos a oportunidade de frequentar um curso de formação para professores de Inglês ao abrigo do programa Comenius, promovido pela Agência Nacional para a Aprendizagem ao Longo da Vida. A Associação Luso-Britânica de Ponte de Lima, representada pela professora Helena Távora, acompanhou o processo de candidatura à bolsa de formação e prestou-nos todo o apoio necessário.
Para desenvolvermos a nossa atividade de formação elegemos o English Language Centre (ELC), em Brighton, uma acolhedora cidade no sul do Reino Unido.
Brighton, outrora Brighthelmstone, é uma movimentada cidade onde as pessoas vão fundamentalmente para se divertirem. A praia, com as suas famosas pebbles (seixos), em vez da tradicional areia, o clima, e as ofertas culturais e de lazer trazem milhares de pessoas a esta cidade, que tem tanto de encantadora como de excêntrica. Foi em Brighton que se gravaram os primeiros filmes ingleses e foi também para Brighton que George IV, inicialmente por problemas de saúde e, mais tarde, por não se identificar com as regras da monarquia, foi viver uma vida boémia.
Entre as várias escolas de línguas que se fixaram nesta cidade, fruto, talvez, desta ser também uma cidade universitária, o ELC situa-se num edifício que em tempos era uma mansão, Palmeira Mansions, em Hove. No período em que lá estivemos acolheu cerca de 40 professores de diferentes nacionalidades, nomeadamente alemães, russos, gregos, espanhóis, argentinos, polacos, austríacos, franceses, checos e portugueses, cujo principal objetivo era a reciclagem e o aprofundamento de conhecimentos científicos e metodológicos no ensino da língua inglesa.
A agenda cultural e social desta escola é bastante dinâmica e diversificada. Promovem-se aulas de pintura e de desenho, viagens a Londres e a outras cidades de interesse histórico e patrimonial, reuniões de conversação, competições de scrabble, sessões de cinema e de música, encontros desportivos, entre outras. Destas atividades destacamos, sem dúvida, a visita às Seven Sisters, com paragem obrigatória para um cream tea, e a viagem a Lewes.
A nossa experiência foi extremamente positiva. O apoio de toda a equipa do ELC foi incondicional e sentimos que havia sempre uma pessoa disponível para nos ajudar em qualquer circunstância.
Ficamos alojadas na casa de uma família tipicamente inglesa, que distava apenas a 15 minutos a pé da escola, e a possibilidade de viver de acordo com os seus usos e costumes, permitiu-nos aprender ainda mais sobre o atual estilo de vida britânico, que não é assim tão diferente do nosso, efeitos da “aldeia global”. No entanto, ainda há particularidades que os tornam singulares, como a valorização da culture of politeness, espelhada em três palavras de grande importância, a saber: sorry, please e thank you ou cheers.
Desmistificamos alguns mitos, como o do famoso e completo English breakfast, que, na verdade, não é consumido diariamente pela generalidade dos cidadãos britânicos, sendo mais usual ao fim-de-semana. Além disso, o clima também não é sempre sombrio nem chuvoso, mas é bastante instável, e convém ter sempre um guarda-chuva à mão, porque todos os dias podem ser um iffy day.
No que diz respeito à ação de formação frequentada, os conteúdos recaíram sobre as competências da língua inglesa, sobre a exploração da cultura inglesa moderna e sobre as várias metodologias de ensino da língua. A abordagem destes conteúdos fez-se com recurso ao trabalho individual, a atividades em pares e em grupo; atividades em sala de aula/plenárias, workshops/seminários práticos, recurso às Tecnologias da Informação e da Comunicação, apresentações em vídeo, excursões/visitas de estudo e demonstrações.
Concluímos, então, que este tipo de iniciativas contribui de forma significativa para o desenvolvimento de competências dos professores, já que possibilita o contacto com falantes nativos e faculta a oportunidade de melhorar a fluência oral em língua inglesa e de experienciar a prática da língua numa diversidade de contextos sociais e profissionais.
Jornal “Alto Minho” e Cardeal Saraiva”